História do grupo por Gerard Mauricio Fonseca


O ano era 1989, novembro de 1989 para ser mais preciso. Época de inflação em alta, eleição de Collor para presidente. No esporte, mais precisamente no nosso futsal, a FIFUSA (Federação Internacional de Futebol de Salão) com sede no Brasil não queria a fusão com a FIFA ( por que será?). No âmbito local e no futebol de salão a Enxuta continuava firme e forte, o Vasco da Gama com ginásio próprio e os demais clubes em busca de maior espaço. Neste mesmo período, a C&G Estamparia (hoje MarUm Sports) já servia de ponto de encontro de atletas, ex-atletas, técnicos, supostos técnicos e simpatizantes do futsal. Era na estamparia que se buscavam equipes para os jogadores profissionais, marcavam-se jogos, churrascos, olhadas, discutiam-se contratos e claro, era onde se sabia de todas as novidades do nosso esporte. Atraídos pelo carisma de Gelson Luiz Scola, proprietário da estamparia e atleta de futsal, um grupo foi se formando ao longo dos anos. No inicio do verão de 89/90, liderados pelo Gelson, foi organizado um jogo entre todos os membros e amigos que frequentavam a estamparia. O jogo de futebol sete foi realizado na sede da Associação dos Funcionários dos Capuchinhos (AFUCAP). Após o jogo, os participantes confraternizaram saboreando o tradicional churrasco e cerveja. Logicamente, que num local com tanta gente ligada ao esporte, a conversa não poderia ser outra, que não o futsal e as cornetas tradicionais entre os participantes. O sucesso foi tanto, que ao final de cada ano seguinte a iniciativa se repetia. Ao longo de cada ano, cada um seguia seu caminho profissional, uns dentro do esporte de competição, outros no amador, alguns em outras áreas que não mais o esporte, mas a grande maioria seguia com a prática da corneta entre si. Uma pelada aqui, outra ali, reuniam ao longo do ano parte dos frequentadores da estamparia, afinal a bola está no sangue deste grupo. Mas, o importante é que todos sabiam que ao final do ano, haveria o jogo festivo. A reunião dos amigos, o “churra e cerva” acompanhados da corneta. Cada jogo festivo anual foi marcado pela confeccção de uma camiseta relativa ao encontro e ao tema proposto para o ano seguinte. Esta situação caracteriza o encontro até hoje. Mas algo estava faltando. Era o nome. O grupo de amigos precisava de um nome. Assim. No ano de 1997, pós algumas discussões e sugestões, surge então, primeiramenteoCAMESTA. Clube Amigos da Estamparia, relacionado essencialmente aos jogos de futebol, futsete e futsal, entre os conhecidos e em alguns casos contra outros adversários. A partir dos anos 2000, o espírito competitivo de quadra e campo já não era o mais importante. Já não se estava mais apenas para querer ganhar. O “sabor” do jogo vinha depois, na hora da cerveja, da conversa. O jogo era apenas o caminho para a reunião. O negócio era a resenha depois do jogo. Antes mesmo da publicidade da mastercard, a idade dos amigos da estamparia trouxe a sabedoria de que a confraternização, a conversa alegre e a corneta depois dos encontros não tinha preço. Assim, jogos começaram a realizados apenas entre o grupo do CAMESTA. O tempo vai passando e novas pessoas chegam ao grupo, mas infelizmente algumas saem. Entretanto, a amizade vai cada dia se fortalecendo mais. Dentro de um rumo natural das coisas, chegam as esposas e namoradas. Assim, o CLUBE perde sua característica exclusiva de ser um grupo de homens relacionados ao esporte de bola e as atividades esportivas são ampliadas para outras áreas. Almoços, jantas, aniversários, finais de ano, Natal, caminhadas e tudo o mais, transforma o Clube numa CONFRARIA. Hoje, o grupo é chamado de CONFRARIA AMIGOS DA ESTAMPARIA, que além do futebol semanal e do jogo festivo de final de ano, se envolve com várias atividades de congraçamento entre seus simpatizantes. Cada ano uma nova diretoria é eleita, mas a liderança do Gelson, a organização do Tubarão, o choro do Cid, a reclamação do Zottis, a tranquilidade do Tico, a análise profunda do Pitchureco e a corneta de todos não mudará nunca. Ah! Deliciosa rotina da CAMESTA . Isto sim, não tem preço!
Autor do Texto: Prof. Gerard Mauricio Fonseca

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